domingo, 24 de agosto de 2014

domingo, 10 de agosto de 2014

25

Há pessoas que não conseguem estar sozinhas. Não vão a lado nenhum sozinhas, não conseguem estar em silêncio e não fazem planos se não houver mais ninguém. Pessoas que não se dão consigo próprias porque não se conhecem sozinhas. E depois há outras, as que gostam de menos gente e menos confusão, pessoas que detestam multidões, adoram planos a dois e planos a um. Pessoas que não se importam de estar sozinhas a ver um filme ou de ir às compras sem mais ninguém. Estes dois tipos de pessoas não se dão bem. E eu sei disso, porque cada vez tenho menos paciência para pessoas que não sabem ser pessoas.

sábado, 9 de agosto de 2014

24

Este mundo não é para mim.
Tal como um pássaro que nasceu sem asas e não percebe porque raio foi parar a um mundo em que todos os outros pássaros voam sem limites.

Eu sou um pássaro sem asas que vive num mundo cheio de pássaros a voar.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Aquele costumava ser o sítio mais cheio do mundo.

Não cheio de pessoas ou objectos, mas sim de todas as coisas bonitas que conheço.
Tinha apenas uma casinha pequena e muito antiga, que continha apenas as coisas importantes para viver. E tudo o que restava à volta da pequena casa era verde e de todas as cores.
Havia animais de todos os tipos, alguns amigáveis, outros nem tanto, flores que nasciam livremente, árvores altas cheias de sombra, lugares escondidos descobertos por acaso e muitos outros que ficaram por descobrir.
E que saudades do ar puro daquele que é, e será sempre, o melhor lugar do mundo.

Mas a melhor coisa que existia por lá? Eles. Eles já não estão lá, porque o tempo, o tempo leva tudo o que mais gostamos.

Aquele que costumava ser o sítio mais cheio do mundo agora está vazio, e o lugar que ele ocupava no meu coração também.

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